
Fundos Imobiliários, por Rodrigo Colombo
Tudo o que acontece no mundo dos FIIs, por Rodrigo Colombo. Investidor profissional da Bolsa de Valores, Colombo começou a investir em 2009 e desde então vem se especializando no mercado. Formado em economia investe o próprio dinheiro em Fundos Imobiliários, Ações e no mercado internacional.
HCTR11, DEVA11 e outros fundos imobiliários com a Deflação
A inflação negativa é o novo fantasma dos investidores de fundos imobiliários de papel
25/08/2022 15:03
Com o crescimento repentino da industria de fundos imobiliários, muitos investidores não tinham visto uma economia com inflação negativa ainda, a festa da inflação altíssima fez com que muitos se posicionassem sem nunca ter pensado sobre a ideia de um IPCA negativo, mas ele chegou.
E o fantasma conhecido por "E AGORA?" chegou junto.
O que será dos fundos imobiliários de papel que estão ligados ao IPCA, será que terão a renda levada a zero?
Será que os fundos imobiliários precisarão pagar para os devedores, já que o IPCA é negativo?
O mercado de dívida tem travas e sistemas para funcionar nesse patamar de mercado e economia, o principal deles é tratar quase toda dívida com duas taxas, uma delas pré e outra indexada, dessa forma alguma coisa o investidor sempre recebe.
O HCTR11, o DEVA11 e outros fundos imobiliários já se pronunciaram sobre como irão se comportar diante do atual cenário.
HCTR11 - "Ainda assim, todos os CRIs do fundo consideram para efeito de cálculo apenas a variação positiva, o que significa que 100% da carteira está protegida contra deflação."
DEVA11 - "Importante comentar que os ativos do DEVA11 são corrigidos pela variação positiva do IPCA, e em caso de deflação, será considerada a taxa prefixada (juro real) no cálculo dos rendimentos. Essa proteção de deflação que possuímos nos CRIs, se mostra muito assertiva e importante em momentos como esses, com isso, mesmo nesse cenário de deflação, o Fundo permanecerá buscando o target de 1% de dividend yield nesses meses de deflação, o que avaliamos como muito positivo e trazendo previsibilidade de distribuição de rendimentos aos investidores do Fundo."
MXRF11 - "Por fim, como antecipado no call trimestral de resultados do 2º trimestre de 2022, em virtude do regime de caixa
seguido pelo Maxi Renda e dos meses de inflação alta o fundo possui hoje uma reserva acumulada de correção
monetária da ordem de R$ 45,92 milhões (R$ 0,203 por cota), que o deixa em posição confortável para atravessar
esse período de deflação sem impacto significativo sobre as distribuições."
Cada fundo se comporta com o atual momento de uma forma, enquanto o DEVA11 e o HCTR11 optaram por CRIs corrigidos pela variação positiva do IPCA, o MXRF11 deixou claro que optou por tomar créditos que trabalham também na negativa. E vai usar o caixa extra gerado para manter a renda e passar por esses meses.
No vídeo abaixo eu trouxe maiores informações sobre o caso:
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